É importante considerar que não existe qualquer garantia de que você vai conseguir sequer experimentar a Castidade Masculina com seu parceiro. Por vários fatores. Sejam de saúde, religiosos, e principalmente por questão de gosto da parte dele mesmo. Porém, como eu já escrevi anteriormente, nada impede que a tentativa não possa ser feita, e da forma mais eficaz e estratégica possível.
Se você, Honrada Dama, chegou até aqui e ainda não desistiu de continuar, significa que as poucas informações que passei até agora, te levaram a considerar a decisão de aprender mais, e começar a pôr tudo isso em prática. E isso é ótimo! Mas a estratégia certa requer paciência. E astúcia.
Como fundamentos, apresento algo que você deve buscar e memorizar logo de início, se pretende experimentar a Castidade Masculina. Importante: até mesmo antes de pensar como abordar o assunto com ele:
PRIMAZIA FEMININA: esse poderia ser um sinônimo para ‘Castidade Masculina’. Esse é o objetivo principal: dar a você, mulher, o usufruto de todo o prazer que você deseja e requer de seu amado em castidade. Essa prática não foi feita para tornar você uma atarefada, se cansando por ter que dar a ele atenção constante, ou ter que ficar agradando e fazendo as vontades dele, em troca de aceitar ser trancado por você. A ideia é conquista-lo para aceitar ficar em castidade, justamente para que ELE seja motivado a te agradar, a ser seu cúmplice, dar a você a sua merecida importância, te levar café na cama, te fazer massagens, e tudo mais o que você sempre sonhou. Não aceite “exigências” dele em troca de realizar seu desejo de trancá-lo. Se ele interpõe alguma barganha para aceitar ser trancado, reavalie se vale mesmo a pena ter o trabalho, somente para receber em troca o controle da chave, e nada mais além disso. A primazia deve ser da mulher. Você tem como objetivo receber dele mais do que somente uma disposição maior em te dar prazer sexual. Você pode considerar que a Castidade Masculina deu certo quando ele passar a considerar e sentir que o seu prazer é o prazer dele. Que fazer você feliz é o verdadeiro sentido da vida dele.
TUDO SEMPRE CONSENSUAL: Para quem nunca teve contato com nenhum nível de troca de poder erótico entre pessoas, pode não ter noção de que a dominação sexual, em qualquer nível de intensidade, não significa escravidão no sentido literal do termo. Tudo em uma relação onde ocorra demanda por domínio e obediência, seja em um joguinho esporádico de vendas nos olhos e algemas nos pulsos, ou no mais extremo contexto de uma sessão sadomasoquista, tudo o que for feito deve ser absolutamente consensual. Ou seja, de fato, nada é absolutamente forçado. Por isso, o que for ensinado aqui é justamente considerando que você vai levar o parceiro a gostar de obedecer, a querer ser ‘forçado’, e a concordar de fato com o seu domínio. Não importa como e em que áreas da relação esse domínio seja exercido. Esse alerta é importante para os casos em que o parceiro aceitar de bom grado se submeter à castidade, e por algum motivo, você mulher, se empolgar demais com o poder que isso pode te dar, e acabar extrapolando os limites do aceitável em exigir algo dele. Uma boa conversa antes de impor algo é essencial. No BDSM se aprende que todo limite do submisso pode ser superado, com a ajuda da dominadora, porém jamais ultrajado. Isso também se aplica a relações de poder, fora do contexto sadomasoquista.
FIRMEZA PARA DIZER E MANTER O SEU ‘NÃO’: Por outro lado, pode ser que seja o contrário. Que no seu caso, você esteja com receio em exercer a certa dose de domínio que naturalmente vai surgir com a CM. Você está prestes a entrar em um mundo onde algo que está no corpo de alguém que você ama estará sob seu controle, e esse controle vai exigir que você saiba dizer “não”, e mantenha esse “não” sem importar se a negação vai durar 30 minutos ou 30 dias, dependendo do que for previamente estabelecido. Se toda vez que ele vier te pedir para soltá-lo do cinto, sua resposta for sim, não existe de fato nenhum controle, afinal. A única mudança é que você vai saber de todas as vezes que ele deseja gozar. Talvez isso seja o suficiente para satisfazer a sua necessidade, mas te garanto que não vai te trazer tanta coisa em retorno se, ao contrário, você souber ser firme ao dizer carinhosamente: “agora não, amor, talvez mais tarde, tá?” Isso vai requerer de você uma atitude mais dominante. Não precisa ser autoritária nem rude em suas palavras, se não for de seu feitio. Mas até de forma carinhosa, você pode firmemente negar algo que você não queira ceder no momento. Exemplo: como uma mãe paciente faz com o filho.
O TESÃO EM SER CONTROLADO: Se você precisar insistir muito (o que não é recomendado, como lerá em um próximo módulo), e ele aceitar ser trancado só porque te ama, e quer te agradar, mas não sentir nenhum tesão com isso, tudo estará condenado a terminar em pouco tempo.
Por isso, infelizmente, tenho que te dizer que, mesmo com a melhor das estratégias, pode ser que ele não admita sequer que haja intromissão sua em na liberdade de gozar quando ele bem entende. Nesse caso, sua estratégia só vai evitar que ele reaja de forma rude, ou negue de forma assustada. Mas, se ele tiver um lampejo, uma “fagulha” de tesão em ser submisso sexual à sua amada, com o seu “carvão de qualidade” e o seu “álcool gel 96º”, tudo pode vir a se tornar uma tremenda “churrasqueira”. E isso vai ser explicado no próximo fundamento:]
“REGUE A PLANTINHA”: manter com certa frequência uma forma de provocar o tesão dele, de forma a motivá-lo a continuar em castidade. Pode ser desanimador para o homem estar preso em castidade, e sua mulher o esquecer completamente, não buscando obter prazer com seu marido nem mencionando, ainda que de vez em quando, que adora mantê-lo assim, em castidade, tão obediente ou carinhoso, por exemplo. Afinal, o objetivo de tudo isso não é manter o tesão em alta, e melhorar a intimidade sexual?
Então, Dama, recomendo que não faça da castidade masculina uma forma de se “livrar” do sexo, ou mesmo da intimidade sensual com ele. Esse, definitivamente, não é o objetivo dessa prática. Porém, mais adiante, vou sugerir alguns procedimentos para atender a esse fundamento, sem que isso exija tanto esforço da sua parte.
RESPONSABILIDADE: Ao ter a chave do sexo dele presa em seu colar, você sentirá um poder nunca antes sentido. Parafraseando o tio Ben (Homem-Aranha):, “grandes poderes trazem grandes responsabilidades”. Não que seja cansativa ou perigosa, mas essa responsabilidade é, no mínimo, necessária. Você terá a preocupação com a saúde dele, primeiramente, perguntando sempre como está indo o amigo dele lá de baixo. Está doendo muito? Está dificultando a circulação? Está inchado ou roxo? Essas questões são importantes, mais do que qualquer tesão ou prazer. Fora a responsabilidade de saber até onde você pretende usufruir do poder, quando ele estiver completamente entregue aos seus caprichos. Cuidado para não abusar dos serviços que ele pode oferecer em troca de um prêmio seu, ou você poderá desmotivá-lo a continuar. O ideal é que tudo seja feito depois de muito diálogo. Por exemplo, ele está a 30 dias preso e você diz a ele que se ele não te comprar um BMW zero, você não vai soltá-lo do cinto de castidade. Só que esse carro está muito além das possibilidades dele em adquirir e manter. Isso pode extrapolar a disposição dele em aceitar suas ‘barganhas’ a respeito das solturas para obter o clímax. Seja moderada no uso desse poder.
PROGRESSIVIDADE: A partir do momento em que ele admitir que aceita experimentar, mesmo que você perceba que ele sentiu o maior tesão com a ideia, evite começar logo com duas semanas preso, sem tirar o cinto, e sem deixa-lo gozar. Isso pode deixar um homem não tão submisso sexualmente, frustrado ao ponto de passar a odiar a situação de casto. Comece aos poucos. Pense pequeno. Uma noite. Pela manhã, faça-o gozar. Gostou? Duas noites. E assim, sucessivamente. Isso vai dar a ele condições de ir acostumando com o uso do cinto e treinando a resistência psicológica ao desespero para gozar.
ÁPICE DA CASTIDADE: costuma-se dizer no meio das mais experientes que a castidade masculina controlada só passa a ser de fato castidade, quando o homem passa a ‘não querer’ mais ficar em castidade. Esse fundamento é importante, pois depois que a castidade já está bem estabelecida, seu homem já está condicionado, e passou da fase de treino, você deve buscar atingir o ápice da castidade antes de soltá-lo. A finalidade disso é fazer com que você obtenha e sinta o gostinho do poder em sua intensidade máxima, pois a partir do auge, o homem de fato está completamente entregue aos seus caprichos.
O auge é atingido com menos ou mais tempo, dependendo do tempo em que ele está preso, da idade dele, do quanto você o atiça enquanto ele está preso, etc. Isso será melhor explicado no capítulo 12, quando você vai aprender as noções de como regular o tempo de abstinência de orgasmos dele.
BOM SENSO: para tudo. Especialmente quando acontecer um impasse entre saber se um pedido para ser solto é realmente por motivo sério, ou se não é um certo drama para conseguir ficar livre do cinto para se aliviar. Por exemplo, seu marido já está 14 dias em castidade, e já está no auge desde o 8º dia. O tesão está em alta, e a frustração começou a inquieta-lo demais. Ele se achega pra você e diz: “Amor, eu não estou aguentando mais, estou com muito tesão, tô desesperado.” Se ele já está em condições de ficar mais uns 5 ou 6 dias de acordo com a rotina que você estabeleceu, recomenda-se que você não ceda, e diga pra ele que você pretende cumprir com o tempo de castidade planejado, sendo que se ele ficar insistindo muito, você pode acrescentar um ou dois dias a mais na espera dele por um orgasmo.
Diferente se ele chegar dizendo que está começando a sentir dores nos testículos, ou no pênis, realmente pode ser verdadeiro. Esse fundamento vai ser muito importante, para você conseguir atingir um equilíbrio entre a negação total do orgasmo, e a soltura diante da necessidade real. Resumindo, deverá ter um feeling para perceber se ele não está te enrolando para conseguir gozar depois escondido, com uma masturbação secreta.
Outros fundamentos podem ser definidos, dependendo do caso. Só busquei descrever os principais. Sugiro assimilar e buscar segui-los bem, se você pretende conseguir e manter a castidade do seu parceiro sempre em alta.
Link para o próximo capítulo: #5 – NÃO CONTE AINDA (em breve)
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